quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Relacionamentos - Os 5 Estágios do Luto.

Os 5 Estágios do Luto. 

Em 1969 a psiquiatra suíça Elizabeth Kübler-Ross lançou um livro chamado "On Death and Dying", ou, em Português, "Sobre a Morte e o Morrer". Nesse livro ela publicou o que é conhecido hoje como os 5 estágios do luto (também conhecido como Modelo Kübler-Ross). Em seus estudos com pacientes terminais e seus familiares, ela concluiu que todos nos passamos por 5 estágios: negação, raiva, negociação,tristeza e aceitação. Os quatro primeiros não precisam aparecer necessariamente nessa ordem, mas invariavelmente, o estágio final é a aceitação. Hoje alguns autores acreditam que existam 7 estágios ao invés de 5, mas isso não vem ao caso nesse post. 
No consultório percebe-se que esses estágios não ocorrem somente diante da morte, mas diante qualquer situação de perda de algo/alguém que nos seja significativo. Mais comum ainda é passarmos por esses estágios quando estamos lidando com um fim de um relacionamento. Por incrível que pareça, ambas as partes sofrem (sempre existem as excessões, claro). É de praxe a gente pensar que a pessoa que tomou a iniciativa de terminar não tenha sofrido com isso, que ela simplesmente nunca sentiu nada... que ela tenha o coração gelado mesmo. A verdade é que tem muita gente por aí que ensaia o término muito antes do dia D, que tentou de tudo pra não deixar que isso acontecesse, que passou pelos estágios do luto antes do término em si, como se já estivesse se preparando pra isso. Aí, quando chega a hora da decisão, de acabar com o relacionamento, pode parecer que essa pessoa não ligue.

Hoje me deparei com o seguinte artigo*

Os 5 Estágios do Luto no Término de um Relacionamento

(Jennifer Kromberg PsyD - Psychologytoday.com)

É de se pensar: Terminar um namoro é, de certa forma, a morte de alguma coisa - e é assim que nós processamos esse luto.


Negação, raiva, negociação e depressão são seguidos da aceitação.

Desapegar de um relacionamento ruim pode ser complicado. Isso porque fim de um relacionamento é quase como uma morte, de certa forma. Mesmo que você seja a pessoa que tomou a iniciativa no término e acredita que terminar é a melhor coisa para os dois, abrir mão de uma relação segue o mesmo processo de velar uma morte.
Elizabeth Kubler-Ross, MD, em seu livro "Sobre a Morte e o Morrer"  (1969), destacou as fases do luto experienciadas quando alguém descobre que vai morrer. Seus estágios tem sido usados desde então para descrever o processo de luto quando perdemos alguém querido. Algo parecido acontece quando sofremos com o término de um relacionamento. A seguir estão os estágios do luto propostos pela Dra. Kubler-Ross, mas aplicados ao término de um relacionamento.

1. Negação
Nessa fase nosso coração ao invés da nossa cabeça controla nossos sistemas de crença à medida que tentamos nos ajustar à ideia de uma vida sem a pessoa que estamos perdendo. Mesmo sabendo que o relacionamento acabou, não conseguimos acreditar. Mesmo as pessoas ao nosso redor sendo contra, não conseguimos evitar de fantasiar formas de as coisas, de algum jeito, se ajeitarem no final e nos acertarmos com aquela pessoa novamente. Vemos pontinhas inexistentes de esperança escondidas em indicações claríssimas de que acabou. Sim, essa é aquela fase que ficamos vulneráveis à fazer bobagens por impulso (mandar mensagens no meio da noite, aparecer "do nada" em algum lugar, etc...)
2. Raiva
A raiva pode manifestar-se  de diferentes formas - raiva do seu/sua ex ("Como ele/ela pôde fazer isso comigo?", "Por que ela/ele não pode deixar de ser tão egoísta?") , raiva de Deus ou do universo ("Por que nada nunca dá certo pra mim?", "Por que sou tão azarada?"), raiva de pessoas ou situações associadas ao término (raiva da outra/outro, raiva que seu/sua parceiro(a) perdeu o emprego, por que foi aí que tudo "mudou") e raiva das outras pessoas que discordam de você e da sua raiva ("Eu não acredito que o João e a Maria ainda querem ser amigos dele/dela depois do que ele/ela me fez!"). Essa é aquela fase onde a gente pensa que é a melhor ideia do universo contar pra todo mundo que maluco(a)/psicopata/bipolar/ canalha/idiota que o seu/sua ex era. É também aquela fase onde acreditamos ser importantíssimo mandar para o/a ex e-mails de ódio porque não queremos que a pessoa ache que está tudo bem e tudo perdoado. Você quer que ela sinta remorso.
3. Negociação
A Negociação geralmente anda de mãos dadas com a negação. A Negociação é uma forma de encontrar qualquer coisa que se possa barganhar em troca de reatar a relação. E não só barganha. A negociação pode ser feita através de ameaças, chantagem, negociação em si e/ou mágica - por exemplo, dizer para o seu/sua ex que você vai mudar ou SE mudar, que vai fazer terapia, ou dizer que as decisões dele/dela estão machucando, magoando filhos, a família dele/dela, a família do(a) parceiro(a), o cachorro, o papagaio, os vizinhos... E claro, essa fase não se limita só à negociação com seu/sua ex. Muita gente apela pro sobrenatural, fazendo trabalho de macumba, magia, amarração, boneco de cera... Fazendo promessas pra todo o tipo de entidade, negociando coisas como: "Se ele/ela voltar pra mim, serei uma pessoa melhor" ou "vou subir as escadas da igreja de joelhos" ou dar três pulinhos ou qualquer coisa assim.Nessa fase, você pode se pegar mudando radicalmente de religião ou tendo muita empatia com a astrologia, cartas de tarô ou qualquer outro tipo de ritual, digamos assim, que preveja um reencontro. É também a fase da intervenção onde você tenta recrutar todos os amigos e a família para ter uma "conversa com ele/ela"
4. Depressão/Tristeza
A depressão, assim como a raiva, também surge nos mais diferentes formatos.  Por exemplo, sentir-se cansado(a) o tempo todo, ter vontade de não fazer nada exceto ficar na cama, sentir-se desconectado, distante das pessoas mesmo quando está na presença delas, chora com facilidade e com freqüência, problemas pra dormir ou dormir demais, perda ou aumento de apetite, aumento do uso de álcool e drogas e - o pior de todos - a sensação de desesperança. A desesperança é o fator mais invasivo e debilitante. É o que nos faz acreditar que nada vai ser ou parecer melhor do que é agora. A desesperança te faz senti como se você nunca mais fosse sair dessa e que nada vai dar mais certo pra você no futuro.  
5. Aceitação
Finalmente, essa é a fase onde somos capazes de fazer as pazes com a perda. Nem sempre a aceitação vem de repente, assim, do nada; geralmente acontece de forma gradativa, de pouquinho em pouquinho, emaranhada no meio das outras fases. A aceitação nem sempre envolve flores e harmonia - é quase certo de que haverá alguma mágoa ou tristeza sobrando. Aceitar implica em fazer as pazes com a perda, desapegar, abrir mão do relacionamento e lentamente começar a tocar a vida para frente. Às vezes parece que essa fase não vai chegar nunca, o que significa que você ainda está lidando com alguma fase anterior à aceitação.


Conhecer seus estágios de luto pode ajudar a aliviar um pouco a experiência do término de um namoro. É importante lembrar também que não existe um período de tempo específico para o processo e nem uma forma de agiliza-lo. O luto é uma espécie de digestão: Não há nada o que você possa fazer para acelerar o processo. Leva tempo e, a única coisa que você pode fazer é procurar as melhores maneiras pra você de passar por esse processo. Mas, tenha em mente que essa situação, com praticamente tudo na vida, também vai passar, mais cedo ou mais tarde.

*Tradução livre do Inglês para o Português

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

As Vantagens do Sexo Vão Além da Cama.

        10 Benefícios Saudáveis do Sexo

1. Menos Estresse, Melhor Pressão Arterial. 

Fazer sexo pode diminuir o estresse e, de quebra,sua pressão. Essa descoberta vem de um estudo Escocês com 24 mulheres e 22 homens que tiveram suas atividades sexuais documentadas. Os pesquisadores os colocaram em situações estressantes - como falar em público e resolver problemas de matemática em voz alta enquanto checavam sua pressão.
Pessoas que tinham uma vida sexual responderam melhor ao estresse do que aquelas que matinham outros comportamentos sexuais ou que não tinham nenhuma atividade sexual. Outro estudo descobriu que a pressão diastólica tende a ser menor em casais que moram juntos e tem uma boa freqüência de relações sexuais. 

2. Sexo Aumenta a Imunidade.

Fazer sexo uma ou duas vezes por semana tem sido relacionado à altos níveis de um anticorpo chamado imunoglobina A o, IgA, que pode nos proteger de resfriados e outras infecçôes.
Um estudo da Universidade de Wilkes pediu que 112 estudantes universitários registrassem a freqüência com que mantinham relações sexuais e que lhes dessem amostras de suas salivas para o estudo. Aqueles que faziam sexo uma ou duas vezes por semana tinham níveis mais altos de IgA do que os demais estudantes.s.

3. Sexo Queima Calorias.

30 minutos de sexo queimam aproximadamente 85kcal para mais. Pode não parecer muito, mas: 42 sessões de meia hora cada queimariam 3,570 calorias, mais do que o suficiente pra perder 500g. Se as sessões forem de uma hora, você pode perder esses 500 gramas em 21 sessões. :)
"Sexo é uma excelente atividade física" diz a sexóloga Patti Britton. No entanto, exige esforço físico e psicológico para ser bem feito, diz.


4. Sexo Faz Bem ao Coração.

Um estudo Inglês que durou 20 anos mostra que homens que fazem sexo duas ou mais vezes por semana tem 50% menos chance de sofrer de um ataque do coração do que homens que fazem sexo menos de uma vez ao mês.  E apesar de alguns homens mais velhos terem medo de que o sexo possa causar um enfarto, o estudo não encontrou nenhuma ligação entre a freqüência com a qual os homens faziam sexo e a probabilidade de terem um enfarto. 

5. Melhora a Autoestima.

Pesquisadores da Universidade do Texas descobriram que aumentar a autoestima é uma das 237 razões pelas quais as pessoas fazem sexo. Pessoas com uma boa autoestima fazem sexo para se sentirem ainda melhor. diz a terapeuta de família Gina Ogden.
"Uma das razões pelas quais as pessoas dizem que fazem sexo é para sentirem-se bem consigo mesmas" , ela diz. "Um sexo ótimo começa com a autoestima. Se o sexo é bom, se há conexão com o parceiro e é onde você quer estar, a autoestima aumenta."
É claro que você não precisa fazer sexo o tempo todo para sentir-se bem. Sua autoestima depende totalmente de você - e de mais ninguém. Mas se você já se sente bem consigo mesma, uma vida sexual excelente pode lhe fazer sentir ainda melhor.

6. Aumento da Intimidade.

A atividade sexual e os orgasmos aumentam os níveis de um hormônio chamado ocitocina, o famoso hormônio do amor, ele faz com que as pessoas criem vínculos e construam confiança umas com as outras. 
Em um estudo com 59 mulheres, pesquisadores checaram seus níveis de ocitocina antes e depois que ela abraçassem seus parceiros. As mulheres apresentavam níveis mais altos de ocitocina se tinham mais contato físico com seus parceiros. Altos níveis de ocitocina tem sido ligados também ao sentimento de generosidade. 

7. Sexo Pode Diminuir a Dor.

A ocitocina também aumenta os analgésicos naturais do corpo, chamados de endorfinas. Dores de cabeça, artrite ou sintomas da TPM podem ser aliviados após o sexo. Ou seja, as mulheres precisarão de novas desculpas ;)
Em um estudo, 48 pessoas inalaram vapor de ocitocina e então tiveram seus dedos espetados. A ocitocina aumentou em mais da metade seus limiares de dor, ou seja, eles precisavam que a picada fosse mais intensa para sentirem dor ou tornaram-se mais tolerantes à dor. 

8. Mais Ejaculações Diminuem a Probabilidade de Câncer na  Próstata. 

Pesquisas mostram que ejaculações freqüentes, especialmente em homens de 20 e poucos anos, podem diminuir o risco de adquirir câncer de próstata no futuro. 
Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association descobriu que homens que tinham 21 ou mais ejaculações por mês tinham menor probabilidade de adquirir câncer na próstata do que aqueles que tinham de 4 a 7 ejaculações por mês.Os estudos não provam que as ejaculações eram o único fator essencial. Muitos fatores afetam as chances de um indivíduo desenvolver câncer. 

9. Músculos do Assoalho Pélvico Mais Fortes

Para as mulheres, fazer exercícios para o assoalho pélvico (chamados comumente de exercícios de Kegel) pode significar mais prazer e, de quebra, menos chance de adquirir problemas de incontinência urinária mais tarde. Um tipo básico desse exercício: aperte os músculos do seu assoalho pélvico como se você estivesse tentando impedir o fluxo da urina, conte até três e solte. 

10. Durma melhor.

A ocitocina liberada durante o orgasmo também ajuda no sono, é o que mostram as pesquisas. Dormir bem está relacionado à outros benefícios como perda e manutenção de peso e melhora na pressão arterial. É algo para pensar, especialmente se você tem se perguntado por quê o seu parceiro uma hora está super aceso e logo após, está rocando do seu lado. 

Abrindo os trabalhos...

Apesar de inúmeras tentativas, eu nunca fui uma excelente escritora. Minha capacidade limitadíssima de concentração e de manter uma linha de raciocínio são, muito provavelmente, culpados significativos. Mas decidi fazer outra tentativa.
Eu escolhi esse nome, "Vim da terapia" porque, por alguma razão, ela sempre precede ou se dá após um fato interessante que os clientes contam. Gosto dela.
Na verdade, o grande plano nem é escrever o que eu penso sobre algo - até porque não é meu objetivo - pensei em colocar aqui tudo o que eu acho de interessante por aí, sobre temas de psicologia que acredito que sejam relevantes para o meu trabalho no consultório e para a vida.
Ok, eu vou voltar um pouco atrás naquilo que eu disse sobre não falar o que eu penso, como isso é uma introdução, vou me dar essa liberdade. Existem coisas sim que nos parecem complicadas, sufocantes, quase impossíveis de resolver e existe a insegurança diante das situações e das novidades, uma cortina de fumaça que não nos deixa enxergar uma saída, uma solução... existe um comprometimento estranho com o "eu não posso errar", com o "eu tenho que saber". Um pavor da solidão (no sentido mais abrangente possível da palavra) e da reprovação. Algumas pessoas deixam isso bem claro, estampado em neon na testa, outras tentam de todo jeito camuflar, mas o fato é que eu realmente acredito que todo mundo ou já sentiu, ou sente ou sentirá essas coisas em alguma escala.
Parece que estamos sempre atrás de uma resposta, de alguma garantia... de ter algum controle. Infelizmente, boa parte das respostas que buscamos podem mudar com o tempo, com a situação, com o nosso humor... E a coisa do controle...bem, o controle é uma ilusão. Eu não posso controlar as pessoas ou as situações, mas eu posso controlar os meus comportamentos dentro das situações.
Sempre que eu me vejo inundada por pontos de interrogação, eu uso a internet a meu favor, procurando artigos, pesquisas e colunas que possam me dar uma luz. Nem sempre eu encontro uma resposta, mas costumo encontrar boas pistas, boas opções para começar a entender uma coisa ou outra sobre as pessoas, sobre a vida e, se eu não entender, pelo menos tenho uma boa ideia do que seja.
Muitos desses achados geralmente são em outro idioma ou/e um pouco técnicos ou/e um pouco longos. Minha pretensão é transformar esse espaço no meu acervo pessoal de material produzido com base em psicologia sobre o cotidiano, os relacionamentos e as pessoas, e dividir com quem quiser saber.